Uma jovem de 26 anos, natural da Pampilhosa do Botão, suicidou-se, esta terça-feira, no posto da GNR da Mealhada, quando se preparava para entrar ao serviço, depois de uma folga trimestral.

O disparo ocorreu por volta das 7h15, junto à zona das celas. A militar foi, de imediato, transportada numa ambulância do INEM para os Hospitais da Universidade de Coimbra, onde veio a falecer, a meio da tarde.

Carla Jordão vivia com uma irmã e era filha de um sargento da Força Aérea aposentado, que tinha emigrado recentemente para a Suíça com a mãe da jovem.

Segundo fonte policial, a militar terá usado a arma de serviço, de calibre 9mm, disparando sobre si mesma na zona da nuca. Carla Jordão estava a estagiar no posto da GNR da Mealhada desde Junho deste ano, aguardando agora colocação.

JB sabe que era reconhecida como sendo boa profissional, muito dedicada e que sempre revelara disponibilidade para o serviço. Não há qualquer indicação de que houvesse mau relacionamento com colegas ou superiores daquele posto.

Este suicídio surge poucos dias depois de ter sido revelado que o número de casos na GNR, que era de dois por ano até 2006, é agora quatro vezes superior. Dados fornecidos pelo Gabinete de Psicologia da GNR indicam que 100 militares já recorreram a uma linha SOS que a corporação criou em Outubro do ano passado para prevenção de suicídios.

A GNR está a reforçar a avaliação de traços de personalidade das pessoas que concorrem aos quadros da corporação.

Oriana Pataco

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